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domingo, 19 de setembro de 2010

Teresópolis: depois da tragédia lavoura enfrenta problemas

Plantações foram cobertas pela areia vinda dos rios próximos
Brasília - O Banco Central (BC) ampliou os prazos para a comunicação de perdas agrícolas na região serrana do Rio de janeiro.
A medida atende aos empreendimentos amparados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). A carta-circular foi publicada hoje (3) no Diário Oficial da União.


A notícia é boa para os produtores rurais que financiam sua produção. Em Teresópolis seu número é pequeno e não deve minimizar muito a situaçã o de agricultores e distribuidores (antigamente também chamados de atravessadores) independentes das hortaliças que o município produz.

Um cálculo razoavelmente confiável aponta que Teresópolis produz 80% das folhosas (alface, couve, agrião, coentro, etc) consumidas no Grande Rio.

A tragédia do dia 12 de janeiro, além da destruição das lavouras trouxe junto à falta de energia (com a queda de postes e redes) em alguns casos só restabelecida duas semanas mais tarde.

Como em Teresópolis a irrigação é intensiva, as bombas não funcionaram e muitas plantações foram a nocaute queimadas pelo sol abrasador e o calor intenso.

O distribuidor José Willians Macedo de Deus embora continue trabalhando acredita que seu faturamento caiu em torno de 70%. 

Segundo ele a redução na produção alterou para cima o preço de alguns produtos levados para supermercados, sacolões e quitandas de cidades próximas subiu muito.

O que obviamente não agrada ao consumidor nem aos donos de pontos de venda.

Como esses pontos de vendam só pagam pelo que é vendido em seus tabuleiros e gôndolas, Macedo reduziu a compra e desce, hoje, com o caminhão mais vazio.

Segundo ele o engradado (conhecido como “pregadinho”) de alface passou de R$ 3,00 para R$ 10,00. O molhe de couve mineira foi de R$ 0,15 para 0,50, o de agrião de R$ 0,20 para R$ 0,40, o coentro de R$ 0,15 para 0,50 e o cheiro verde de R$ 0,15 para R$ 0,30.

São apenas alguns dos exemplos, mas a queda da produção deve afetar, inclusive, a taxa de inflação no Rio de Janeiro.

Para José William Macedo de Deus no momento os agricultores da região do entorno da Teresópolis-Friburgo vivem um momento de apreensão e perplexidade.

Muitos querem sair em busca de locais mais seguros; o problema é que em Teresópolis não existem tantas ares disponíveis para a agricultura. Além disso, alguns são proprietários da terra onde tinham suas lavouras”, explica.

Macedo perdeu a casa com tudo o que havia dentro, “inclusive o computador”, levado pela enxurrada. Ele não estava em Teresópolis no momento da tragédia e sua mulher e filha tiveram que sair e buscar abrigo na casa da mãe do comerciante, um sobrado de dois andares na beira da Teresópolis-Friburgo, no centro de Vieira.

Reportagem: José Attico


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