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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Zico Camisa 10 faz sucesso em Teresópolis

São 45 franquias em 17 estados. A escolinha de futebol Zico camisa 10 faz sucesso em Teresópolis, com cerca de 140 alunos com idades de três a 18 anos. Mas a parceria com o CFZ e o Flamengo não prioriza a busca de jogadores de alto rendimento.

“O objetivo é formar cidadãos”, diz Fabiano Guarilha, um ex-jogador com passagens por Portugal, Indonésia e China, o “professor”, que está viabilizando a vinda do ex-craque do Flamengo ao Comary, para incentivar ainda mais a garotada.

 O perfil dos meninos e adolescentes que treinam três vezes por semana, num desgastado campo de futebol soçaite é de classe média alta. “Muitos pais veem o treinamento como um agradável lazer para os filhos.

Mas outros, mesmo pessoas de recursos, põem muita pressão; querem que o garoto seja jogador de futebol a qualquer custo, o que não é bom”, explica o treinador.

Um sistema de “apadrinhamento” vem permitindo que garotos sem recursos para pagar matrícula, mensalidades e o kit esportivo frequentem a escolinha, com patrocínio de empresários da cidade. Dez por cento dos alunos estão nesse caso.

O padrinho arca com as despesas e o menino não precisa fazer teste para entrar na escolinha, não precisa, necessariamente, ser bom de bola para frequentar o campinho do Comary.
“Menina não entra”
Embora aberto a meninas que gostem de jogar futebol, o Zico Camisa 10 de Teresópolis só é frequentado pelo sexo masculino. “Algumas meninas chegaram a treinar, mas desistiram”, diz Guarilha, que conta com o auxílio de outros dois ex-jogadores no treinamento da garotada: Marcelo, ex-Fla, que jogou na Guatemala e Costa Rica e Sid, goleiro de futebol de salão com passagens pelo Vasco e América.

O menino que possui “um talento nato” pode, se quiser, passar a uma segunda fase. É que Fabiano Guarilha, dono da marca “Escola de Craques”,  tem campos de treinamento em Vargem Grande, Bonsucesso e na cidade vizinha de São José do Vale do Rio Preto.

Nesses locais, os treinos acontecem às terças, quintas e sábados (no Comary as aulas são às segundas, quartas e sextas) e servem para intensificar a preparação técnica e tática de garotos que desejem – e tenham talento para isso -   ingressar no mundo, um tanto restrito, do futebol profissional.

Nesse caso, estão Igor que joga no Criciúma, de Santa Catarina e Felipe, do Texas Rush, dos Estados Unidos. Um terceiro garoto viajou recentemente para Portugal, onde faz testes no Sporting.  Fabiano Guarilha diz que a formação de um jogador de futebol “é, em geral, um processo de médio a longo prazo”.

 Mesmo assim, volta e meia, clubes e empresários de futebol procuram a escolinha em busca de perfis específicos.  “Recentemente, o pessoal do Vasco telefonou para saber se algum menino, atacante, nascido em 95 e com 1,85 m estava treinando aqui na escolinha”.
Treino no campo, jogos pela TV e videogame
Para João Victor Saragô, 11 anos, o futebol é uma paixão. Tão grande que trocou a quadra pelo gramado “para ter que se esforçar mais“. Entre a escola, aulas de Kumon e Inglês, Saragô ainda encontra tempo para assistir futebol pela TV.

Quando o jogo acaba, o torcedor do Botafogo corre para o videogame. Na tela, jogos de seleções e equipes famosas do mundo inteiro. “Eu queria ser jogador de futebol, mas a minha mãe diz que eu tenho que estudar”, explica.


Leonardo Pedrosa Pinto tem o mesmo desejo. Considerado pelos “professores” uma promessa, aos seis anos ele treina com a garotada do sub 9. Para aprimorar a forma, embora prefira o campo, Léo treina na quadra de futebol de salão às segundas e quintas (no campo o treinamento é as segundas, quartas e sextas).

No último domingo, quando o Zico camisa 10 ganhou do Rio Soccer, o garoto entrou em campo no sub 7 e depois no sub 9.

É dura a vida do craque.  

Texto de  José Attico


  

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