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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Plano de esgotamento sanitário para Teresópolis fica pronto em fevereiro

Fica pronto já em fevereiro o plano de saneamento básico para todo o município de Teresópolis. A estimativa é do secretário do Meio Ambiente, Flávio Castro, que desde o final de 2009 vem trabalhando nesse sentido.

A partir daí, começa a busca por recursos para implantar redes de esgoto no centro urbano e no interior, o que além de melhorar a qualidade de vida da população deve contemplar a despoluição do Rio Paquequer.


O processo deverá ser impulsionado pela disposição do governo federal, através Banco Nacional de Desenvolvimento Social, BNDES, de financiar a implantação de saneamento básico em todo o país.

O banco está ultimando a edição de uma “cartilha” que vai explicar não apenas a forma como os projetos devem ser apresentados, sob o ponto de vista técnico, mas também a melhor maneira de ultrapassar as armadilhas da burocracia no caminho do financiamento.

Teresópolis, porém, parece já estar um passo adiante. Uma verba, obtida junto ao governo do Estado, vai permitir a contratação de uma empresa de engenharia para elaborar o projeto definitivo.

Flávio Castro, no entanto, acha que devido às suas características, o município poderá precisar de mais de um modelo de esgotamento sanitário. Na opinião do secretário, nas áreas mais planas e urbanizadas do centro será possível implantar um sistema tradicional, com estações de tratamento iguais às do Rio de Janeiro, por exemplo.
Mas nas encostas, nas chamadas áreas de ocupação irregular, onde ruas estreitas, vielas e servidões  não permitem a passagem de tubulações de maior porte, outro modelo deverá ser aplicado.

 Já no interior rural, o processo de saneamento poderá passar até pela utilização de biodigestores. Nesse caso, os resíduos sólidos poderão ser transformados em gás para abastecimento de máquinas agrícolas, inclusive tratores.

A notícia da edição da cartilha (e da disposição do governo federal de atuar agressivamente no saneamento básico) foi dada, semana passada, pelo diretor das áreas de inclusão e crédito do BNDES, Elvio Gaspar, que esteve em Teresópolis para palestras na Aciat e no Ceac.

O anúncio provocou  um  certo  alvoroço entre as autoridades presentes. Gaspar explicou que o governo Lula está alocando cerca de R$ 10 bilhões anuais para saneamento básico. A expectativa é de que em 10 anos o país  tenha alcançado um patamar europeu nesse capítulo.

Elvio Gaspar disse, ainda, “que o processo pode ser acelerado, mas isso vai depender dos recursos que o governo terá à disposição. Tais recursos virão de impostos e podem ser maiores de acordo com o desenvolvimento da economia. A expectativa é que exista dinheiro,  inclusive, para acelerar o processo.

Ontem (4), a Federação Brasileira dos Bancos – Febraban-  fez uma previsão para o crescimento do PIB este ano. Segundo o estudo, o Brasil deverá crescer 7,2 % em 2010. Para 2011 os números são mais modestos, em torno de 5,2%.

Teresópolis já tem um esboço de esgotamento sanitário funcionando no “lixão” do Fischer. Com tecnologia de ponta, o equipamento instalado no local, além do chorume, recebe os resíduos deixados lá por caminhões utilizados na limpeza de fossas em todo o município.

“A água que sai depois do processo todo é menos poluída do que antes de chegar ao local de tratamento”, diz o secretário.

Quanto ao gerenciamento do esgotamento sanitário, Flávio Castro tem mais ou menos a mesma opinião que o diretor do BNDES, Elvio Gaspar. “Por enquanto não existe definição sobre gerenciamento”, explica. “Essa é uma questão para ser resolvida com a participação da comunidade”.

“A Cedae está há trinta anos em Teresópolis e não investiu um real em esgotamento sanitário. Mas seus serviços melhoraram muito em todo o estado, no atual governo”, lembra o secretário. “Naturalmente, vamos buscar o melhor serviço com a menor tarifa. Podemos optar por uma licitação com a participação da Companhia ou por outro modelo”, conclui.

Texto:   José Attico
       
     


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