Teresópolis
já pode começar a pensar em seu sistema de esgotamento sanitário. Isso porque o
Banco Nacional de Desenvolvimento Social está ultimando uma cartilha, para uso
das prefeituras, onde ficam definidos os
passos que possibilitam apresentar ao Banco, um projeto para instalação da rede
de esgotos em todo o centro urbano.
Quem deu a
notícia foi o diretor das áreas de inclusão social e de crédito, Élvio
Gaspar. Gaspar esteve quinta-feira na
cidade, primeiro na Aciat e depois numa reunião promovida pelo PT na CEAC, da
Praça de Santa Teresa.
A cartilha é
uma resposta às dificuldades dos municípios para apresentar projetos desse
tipo. “Ao contrário do que se pensa, esgotamento sanitário pode ser uma
atividade rentável. As tarifas cobrem, sem problemas, o custo do investimento e
as operações do dia-a-dia”, explicou Élvio Gaspar.
O diretor do
BNDES disse, ainda, que “a cidade pode optar entre permanecer com a Cedae ou
optar pela licitação de uma nova empresa para gerir o serviço. A escolha é do
cidadão”.
O governo
Lula, segundo ele, já está investindo 10 bilhões de reais por ano em
esgotamento sanitário. “Nosso cálculo é que o custo para a implantação de redes
de esgotos em todo o país chega a 100 bilhões. Seriam, então, necessários 10
anos, mas o processo pode ser acelerado dependendo de recursos.
No caso de
cidades como Teresópolis, as opções são parecidas. Se poder público e cidadãos
quiserem, podem implantar a rede de esgotos em dois anos, por exemplo, mas aí a
tarifa será mais alta. Se o processo for mais longo, a tarifa será, é claro,
mais baixa.
O diretor do
BNDES mostrou a estratégia do governo Lula para mudar a face do país desde 2003:
investir no crescimento do mercado interno, através do aumento real de salários
e transferência de rendas.
Fazer
programas destinados, principalmente, às classes C e D, como a ampliação do crédito,
por exemplo, porque pessoas carentes têm seus próprios sonhos e, então, o que
ganham é imediatamente gasto para suprir necessidades reprimidas e o dinheiro
volta, num círculo virtuoso.
Ou seja,
indo às compras, milhões de pessoas fazem com que a indústria amplie sua produção
, gerando novos empregos, inclusão mais demandas reprimidas sendo satisfeitas e assim por diante.
O deputado
federal Jorge Bittar lembrou passos importantes da administração Lula, “um
governo de carne e osso”, na recuperação da auto-estima do brasileiro. “Na era
FHC os banqueiros limitavam-se a investir em títulos do governo, reduzindo
muito o crédito às empresas.
A lógica da
compra mais barata no exterior praticamente faliu a indústria naval, que de 40
mil empregos caiu para cinco mil. Hoje, com a garantia pela Petrobrás da compra
de navios e plataformas de prospecção, já temos novamente 40 mil pessoas
trabalhando nos estaleiros.
Na era FHC o
salário mínimo era de 73 dólares, hoje está em torno de 300. Dados como esses
deixam claro a mudança representada pela eleição de Luiz Inácio Lula da Silva”,
concluiu.
Na reunião
com os petistas estavam presentes, além do deputado federal Jorge Bittar (PT-
RJ), o candidato a deputado estadual Nilton Salomão, a secretária do Orçamento
Participativo, Denise Lobato, os secretários de Planejamento, Adriano Carneiro,
de Agricultura, Fernando Mendes, de Governo, José Alexandre e de Esportes
Leandro Aschar, o presidente do PT de Teresópolis Ary Moraes, além de membros
do partido. Depois da fala de Bittar, foi aberta a possibilidade de perguntas
ao diretor do BNDES.
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