Terminais de integração que permitam aos usuários de
ônibus pagar uma só passagem a caminho do trabalho, veículos não convencionais
circulando em áreas de difícil acesso para ônibus convencionais, redução do
número de passageiros nos pontos do centro da cidade, com a criação de novas
linhas.
Tudo isso vai começar a acontecer em Teresópolis depois
do estudo que a COPPE - Coordenação de Programas de Pós Graduação em Engenharia,
da UFRJ - vai realizar na cidade. Os trabalhos começarão ainda em agosto e
deverão estar concluídos em 120 dias.
Segundo o prefeito Jorge Mário as empresas
concessionárias de ônibus urbanos terão que se adaptar à nova ordem, “porque
depois que o estudo estiver pronto as mudanças no transporte coletivo de
Teresópolis serão transformadas em lei, votada pela Câmara Municipal”.
A assinatura do contrato que vai possibilitar um amplo e
profundo estudo sobre o transporte em Teresópolis aconteceu hoje (5) no
gabinete do prefeito Jorge Mário. O estudo será realizado pela Coppetc,
Fundação especializada em celebrar esse tipo de convênio.
Segundo o engenheiro Mario Cavalcanti, coordenador da
avaliação sobre o transporte em Teresópolis, os técnicos da COPPE vão analisar
cada detalhe das linhas de ônibus da cidade, viajando com os passageiros e
analisando questões como o tempo que o veículo leva para cobrir o trajeto, o
número de passageiros e o cumprimento dos horários. O engenheiro evitou falar
sobre a possibilidade de uso do transporte alternativo - cooperativas de vans,
por exemplo - para algumas linhas na cidade.
“O objetivo do estudo é melhorar o dia-a-dia da
população, mas acreditamos que as empresas concessionárias também serão
beneficiadas.
É possível que, em alguns casos elas estejam gastando
mais combustível dos que o necessário, por exemplo,”, explica o engenheiro
Mário Cavalcanti. Para ele todos, inclusive pessoas que não utilizam os ônibus,
mas estão diariamente no trânsito, serão beneficiados.
Durante a reunião no gabinete, o prefeito Jorge Mário
disse que, paralelamente à análise sobre os transportes, um grupo de trabalho
já vem estudando a questão do trânsito em Teresópolis.
Nesse caso estão
sendo utilizados dados recolhidos durante o programa Prefeito nos Bairros e
pela Ouvidoria do município. Ainda segundo Jorge Mário, a prefeitura já está
buscando, junto ao governo federal, recursos para o Plano de Mobilidade Urbana.
O objetivo é evitar gargalos e fazer com que o trânsito
flua com facilidades num momento em que vai aumentando rapidamente o número de
carros e motos nas ruas da cidade. Nos fins de semana, em que hotéis e pousadas
estão com ocupação total ou quase, mais veículos trafegam pela cidade, o que
levou a criação do grupo de trabalho.
A Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia – nasceu disposta a ser um sopro de renovação na universidade brasileira e a contribuir para o desenvolvimento do país.
Fundada em 1963, a instituição que ajudou a criar a pós-graduação no Brasil foi fundada pelo engenheiro Alberto Luiz Coimbra e teve como embrião o curso de mestrado em Engenharia Química da então Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Ao longo de quatro décadas, a Coppe tornou-se o maior centro de ensino e pesquisa em engenharia da América Latina. A instituição, que possui 12 programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), já formou mais de 11, 5 mil mestres e doutores e conta hoje com 320 professores doutores em regime de dedicação exclusiva, 2.600 alunos e 350 funcionários, entre pesquisadores e pessoal técnico e administrativo.
Tudo isso para atender às demandas de sua crescente produção científica e o desenvolvimento de projetos de pesquisa contratados, conta com 116 modernos laboratórios, que formam o maior complexo laboratorial do país na área de engenharia.
O padrão de excelência se reflete na produção acadêmica. Anualmente são defendidas na instituição cerca de 200 teses de doutorado e 400 dissertações de mestrado.
Seus pesquisadores publicam por ano, em média, 1.500 artigos científicos em revistas e congressos, nacionais e internacionais. Na última avaliação da Capes, oito dos 12 cursos da Coppe obtiveram os conceitos 6 e 7, os mais altos do sistema, atribuídos a cursos com desempenho equivalente aos dos mais importantes centros de ensino e pesquisa do mundo.
Dos dez cursos de pós-graduação de engenharia oferecidos no país que obtiveram conceito 7, seis são da Coppe.
Recentemente, a instituição criou áreas temáticas integradoras, entre elas engenharia da saúde, engenharia molecular e nanotecnologia, com a finalidade de incentivar atividades transversais de ensino e pesquisa.
No cenário internacional, possui projetos em cooperação com várias instituições científicas de renome mundial e tem em seus quadros docentes que integram comitês e entidades de pesquisa de vários países.
Seis de seus professores participaram do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, entidade que em 2007 foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz.
Em janeiro de 2009, inaugurou o Centro Brasil- China de Mudança Climática, Energia e Tecnologias Inovadoras, que tem como objetivo promover a cooperação tecnológica e acadêmica entre a Coppe e a Universidade de Tsinghua, principal universidade chinesa na área de engenharia.
Criado com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Centro está sediado na Universidade de Tsinghua, em Pequim, onde mantém um escritório para coordenar suas atividades e estabelecer contatos com empresas brasileiras e chinesas potencialmente interessadas nas tecnologias que serão desenvolvidas em conjunto.
Apoiada nos três pilares que desde sempre a norteiam – a excelência acadêmica, a dedicação exclusiva de professores e alunos, e a aproximação com a sociedade –, a Coppe destaca-se como centro irradiador de conhecimento, de profissionais qualificados e de métodos de ensino, servindo de modelo para outras universidades e institutos de pesquisa em todo o país.
Compromisso com o País e com a sociedade
Ciente da importância do papel da ciência e da tecnologia para o desenvolvimento do país, a Coppe criou uma estrutura voltada para a gestão de convênios e projetos.
Desde que foi inaugurada, em 1970, a Fundação Coppetec já administrou mais de 10 mil convênios e contratos com empresas, órgãos públicos e privados e entidades não-governamentais nacionais e estrangeiras.
A parceria com a Petrobras, que completou 30 anos em 2007, foi o primeiro grande convênio de cooperação celebrado entre a empresa e uma universidade. Em 1985, já havia em operação 33 plataformas fixas projetadas no Brasil com base no trabalho dessa parceria, que virou referência internacional e ajudou a erguer a tecnologia que hoje dá ao país a liderança mundial da exploração e produção de petróleo em águas profundas.
O Brasil economizou bilhões de dólares em divisas e conquistou a auto-suficiência em petróleo.
Confirmando a capacidade de antecipar soluções tecnológicas para as demandas que se apresentarão no futuro, pesquisadores da Coppe já estão trabalhando em novas tecnologias que apoiarão a Petrobras e o governo brasileiro na exploração de petróleo na camada do pré-sal.
A Coppe foi pioneira na aproximação da academia com a sociedade. Transformando resultados em riquezas para o país, criou em 1994 a Incubadora de Empresas, cuja atuação já favoreceu a entrada de 90 serviços e produtos inovadores no mercado.
Por ela passaram 31 empresas, que já ganharam autonomia, e outras 15 estão ali abrigadas.
Acreditando que a universidade brasileira pode ter uma importante colaboração na criação e no fortalecimento de empreendimentos inovadores que introduzem novos produtos, processos e serviços diferenciados no mercado consumidor, a Coppe criou o Idea, um projeto que conta com o apoio do Sebrae e tem como objetivo para estimular alunos e pesquisadores a transformar os resultados de suas pesquisas em produtos e novos negócios.
A instituição também colocou a engenharia e suas tecnologias para enfrentar a pobreza e as desigualdades sociais, lançando uma ponte entre o Brasil dos incluídos e o dos excluídos. Para atuar nessa frente de trabalho, inaugurou em 1995 a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares, que já criou milhares de postos de trabalho e se tornou referência, tendo seu modelo replicado em outros estados e países.
A Coppe se transformou em referência sem perder a essência que deu origem a sua história: a ousadia, o espírito crítico, a profunda ligação com a realidade brasileira, o compromisso com a inovação e com o desenvolvimento do Brasil
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