Vai ser um
bocado complicado a rapaziada do PV subir nos palanques e bater palmas para dona
Cátia Abreu, a “Musa do Prado”, deputada do Democratas, partido associado ao
PSDB de José Serra.
A combativa líder
ruralista não tem o menor problema em externar suas opiniões e tem seguidores
fervorosos entre os homens que tocam o agronegócio: para ela o que o Brasil precisa
mesmo é transformar a floresta amazônica e o pantanal em fazendas de gado (ou
de soja). E bola pra frente.
Serra não
vai dizer que é a favor (e talvez não seja mesmo) mas é claro que, se ganhasse
a eleição, haveria um grande afrouxamento das ações iniciadas pela própria
Marina Silva, quando ministra do Meio Ambiente no governo Lula e por seu
sucessor, deputado Carlos Minc.
Afinal o DEM
entrou com o vice da chapa do candidato: o deputado Indio da Costa. De quem a
cúpula do PSDB gostaria de se desfazer no segundo turno, mas foi aconselhada
pelos juristas do partido a não fazê-lo.
A Constituição não é clara nesse ponto e com
algum outro nome substituindo o afilhado de Cesar Maia, Serra correria o risco
de ser impugnado.
Marina vai
subir no mesmo palanque que Cátia Abreu, Ronaldo Caiado e outros com menos
votos? Será interessante observar esta cena de fisiologismo explícito,
protagonizada por uma pessoa que se diz radicalmente contrária a esse tipo de
prática.
Aliás, Gilberto
Gil, verde, ex-ministro da Cultura no governo Lula, já se definiu por Dilma
Roussef. Aliás, a mulher dele, Flora Gil, já tinha votado na candidata do PT no
primeiro turno.
Marina vai
ter muita dificuldade para apoiar José Serra, até porque ao contrário do
fenômeno eleitoral de 2006, a ex-senadora Heloísa Helena (que não foi reeleita)
é, no momento, a mais importante liderança do PV.
Um erro no
segundo turno das eleições pode enviar sua pretensões, antecipadamente para o
esquecimento onde já estão nomes antes tradicionais da política como Tasso
Jereissati, Arthur Virgílio, Cesar Maia, Marco Maciel e muitos outros, claro,
com menos votos.
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