Visite Também

Visite também o Blog do José Attico.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

É Tempo de Intrigas

As famiglias que dominam a mídia no Brasil: Marinho, Mesquita, Frias, Civita e outras com menor número de jornais, TVs e revistas não se cansarão tão cedo de tentar desestabilizar o governo do PT. É o chamado PIG  - Partido da Imprensa Golpista - derrotado, mas sempre desejoso de ganhar o jogo no terceiro tempo. Ou no tapetão.

No momento O Globo, Estadão, Folha, Veja, tratam de intrigar as cabeças políticas que começam a sonhar com um ministério, a presidência de alguma estatal ou mesmo a indicação para um cargo de terceiro escalão onde seja possível entronizar alguém de sua total confiança.

O problema é que, no calor da nova realidade e como a coisa anda no ritmo do vale tudo, as matérias do PIG não estão nem aí para informar o respeitável publico e se limitam a tentar, desesperadamente e a qualquer pretexto, abrir espaço para a fofoca pura e simples.

É bom levar em conta que há terreno fértil para que se espalhe a cizania. Tensos, os vencedores da eleição 2010 nem sempre conseguem agir com a sintonia fina que o momento exige. 

E todos, claro, se acham mais do que merecedores de um lugar ao sol.

E mais. Embora para boa parte dos políticos os colunistas, editores & afins, das mídias impressa e televisiva, estejam completamente desacreditados, sobra sempre a ponta de dúvida quando alguém – que se acredita bem alicerçado no caminho do poder – lê  no jornal que outro nome é dado como certo para o cargo.

Ou quando a notinha desabonadora de sua conduta passada - realidade ou não - pode ter partido do aliado de ontem, do companheiro de partido, de alguém com quem se combinou estratégias de campanha , mas agora é concorrente duro de bater.

Uma declaração propositalmente distorcida na redação, ou mesmo inventada sem maiores pudores, joga pretendentes aos cargos uns contra os outros.

E os encarregados da montagem do novo governo - nessas horas tratando de suturar feridas recentes e abrir caminho no cipoal das disputas - acabam sendo atropelados.

Se apóiam, mesmo que discretamente, a reivindicação desse ou aquele concorrente ao cargo, sabem que não há jeito se a notícia vazar:  estarão preterindo outros nomes que já se imaginavam tomando posse no dia 1º de janeiro.

É um processo difícil, principalmente para Dilma Rousseff que quer um “ministério técnico”.

É até possível que consiga. Quando o cargo couber a alguém sem afinidades maiores com a área, mas estratégico para o equilíbrio político, a regra, antiga, manda nomear um segundo escalão de perfil técnico. Essa é uma solução que normalmente deverá ser repetida agora.


Enquanto isso as quatro famiglias estarão na arquibancada, torcendo para as coisas não darem certo e, naturalmente, pelo quanto pior melhor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário