As famiglias
que dominam a mídia no Brasil: Marinho, Mesquita, Frias, Civita e outras com
menor número de jornais, TVs e revistas não se cansarão tão cedo de tentar
desestabilizar o governo do PT. É o chamado PIG
- Partido da Imprensa Golpista - derrotado, mas sempre desejoso de
ganhar o jogo no terceiro tempo. Ou no tapetão.
No momento O
Globo, Estadão, Folha, Veja, tratam de intrigar as cabeças políticas que
começam a sonhar com um ministério, a presidência de alguma estatal ou mesmo a
indicação para um cargo de terceiro escalão onde seja possível entronizar
alguém de sua total confiança.
O problema é
que, no calor da nova realidade e como a coisa anda no ritmo do vale tudo, as
matérias do PIG não estão nem aí para informar o respeitável publico e se
limitam a tentar, desesperadamente e a qualquer pretexto, abrir espaço para a
fofoca pura e simples.
É bom levar
em conta que há terreno fértil para que se espalhe a cizania. Tensos, os
vencedores da eleição 2010 nem sempre conseguem agir com a sintonia fina que o
momento exige.
E todos, claro, se acham mais do que merecedores de um lugar ao
sol.
E mais. Embora
para boa parte dos políticos os colunistas, editores & afins, das mídias
impressa e televisiva, estejam completamente desacreditados, sobra sempre a ponta
de dúvida quando alguém – que se acredita bem alicerçado no caminho do poder –
lê no jornal que outro nome é dado como
certo para o cargo.
Ou quando a
notinha desabonadora de sua conduta passada - realidade ou não - pode ter
partido do aliado de ontem, do companheiro de partido, de alguém com quem se
combinou estratégias de campanha , mas agora é concorrente duro de bater.
Uma
declaração propositalmente distorcida na redação, ou mesmo inventada sem
maiores pudores, joga pretendentes aos cargos uns contra os outros.
E os encarregados
da montagem do novo governo - nessas horas tratando de suturar feridas recentes
e abrir caminho no cipoal das disputas - acabam sendo atropelados.
Se apóiam, mesmo
que discretamente, a reivindicação desse ou aquele concorrente ao cargo, sabem
que não há jeito se a notícia vazar: estarão
preterindo outros nomes que já se imaginavam tomando posse no dia 1º de
janeiro.
É um processo difícil, principalmente para Dilma Rousseff que quer um
“ministério técnico”.
É até possível
que consiga. Quando o cargo couber a alguém sem afinidades maiores com a área,
mas estratégico para o equilíbrio político, a regra, antiga, manda nomear um
segundo escalão de perfil técnico. Essa é uma solução que normalmente deverá
ser repetida agora.
Enquanto
isso as quatro famiglias estarão na arquibancada, torcendo para as coisas não
darem certo e, naturalmente, pelo quanto pior melhor.
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